Natural. É a palavra que melhor define este regresso do programa "The Voice Kids". Apesar de, na minha opinião, ter sido pouco promovido, o formato tem tudo para dar certo. Trazer crianças para programas de televisão não é algo novo. E, neste género de formatos, muito menos. Mas é a arma para o sucesso.
Eles são os protagonistas e que bem. Mostram a simplicidade e a naturalidade que os adultos deveriam ter. Não é fácil concorrer a este tipo de programas, ainda mais pela elevada exposição que se tem. No entanto, estes kids mostram-se da melhor forma, sem rivalidades e ambições, a postura correta.

Diria que a escolha dos jurados/mentores foi a mais certa de todas as edições. Primeiro porque todos são cantores, ainda que em estilos diferentes. Segundo porque são ícones da música portuguesa. A sua simpatia, humildade, atenção e carinho tornam os comentários imensamente construtivos e com elevado conhecimento de causa. Para não falar que são pessoas super atenciosos com os meninos, sempre preocupados e empenhados em não "machucá-los".
O jurado que mais surpreendeu foi, sem dúvida, o Carlão. O Fernando Daniel foi uma ótima aposta, já que é um jovem e ex-participante do programa. Um exemplo vivo de que o programa pode, realmente, trazer frutos. A Carolina é a doçura em pessoa. Alguém imensamente ligado à música e com um enorme coração. A Marisa já é aquilo que tudo conhecemos. Uma repetente certeira.


A aposta em Catarina Furtado para a condução do programa é, na minha opinião, a mais certa e viável no leque de ofertas RTP. É uma apresentadora carismática, simpática e com imensa vocação para crianças.
Contudo, e apesar de achar a Bárbara uma excelente atriz, e uma mulher lindíssima, penso que a sua presença poderia ser evitada, ou então saltar para a condução principal.
Em termos de audimetria, e apesar de considerar que a RTP1 não pretendia liderar audiências, mas apenas conquistar público, acho que o conseguiu. O talent arrecadou uma média de 10.2 de rating com 18.9% de quota média de mercado.
